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MÉDICOS ALERTAM OS EFEITOS ORTOPÉDICOS DO HIV/AIDS
MÉDICOS ALERTAM OS EFEITOS ORTOPÉDICOS DO HIV/AIDS

O aumento da expectativa da vida dos pacientes que convivem com HIV e mesmo dos pacientes que já registram manifestações clínicas da AIDS levou ao aparecimento de problemas ortopédicos decorrentes tanto da doença, como de efeitos colaterais do chamado “coquetel de drogas”. Entre os efeitos mais comuns estão a osteoporose, até mesmo num nível em que ocorrem fraturas espontâneas, sem que tenha havido queda e também necrose dos ossos, a osteonecrose dos joelhos e do fêmur, que exigem a colocação de próteses. O alerta para que os médicos que atendem esse grupo de pacientes se preocupem com as alterações osteoarticulares relacionadas ao HIV foi publicado na Revista Brasileira de Ortopedia – RBO da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – SBOT e está inserido numa pesquisa da equipe da infectologista Ana Lúcia Munhoz Lima, que chefia o Serviço de Infecção da Ortopedia do Hospital das Clínicas, da USP. Ana Lúcia explica que quando a epidemia surgiu, a sobrevida dos contaminados era relativamente curta, dificilmente chegando há dois anos. Depois de 1996, entretanto, com o surgimento de novas drogas antirretrovirais, “a sobrevida de um paciente que convive com HIV fica em aberto, desde que haja acompanhamento periódico e uso regular da medicação”. A própria Ana Lúcia tem pacientes contaminados há mais de 20 anos e que continuam com boa qualidade de vida, graças ao tratamento que mantém reduzida a quantidade de vírus no organismo, impedindo que o paciente perca sua imunidade. O que tem ocorrido, explica a médica, é que com o vírus há muitos anos no organismo e o consumo também prolongado dos medicamentos provoca, com o tempo, efeitos colaterais que variam de paciente para paciente. Associado a alterações metabólicas, podem ocorrer alterações osteoarticulares, osteopenia e eventualmente osteoporose, o que significa que os ossos ficam mais porosos, a massa óssea se reduz e podem ocorrer fraturas. Também é frequente a necrose, isto é, a morte do tecido ósseo do joelho e do fêmur. Foi registrada também a síndrome do túnel do carpo e a capsulite adesiva glenoumeral. O alerta da médica é que, como esses efeitos começaram a ser estudados mais recentemente, muitos médicos ainda não valorizam as queixas osteoarticulares dos pacientes, retardando a investigação do quadro ortopédico e é importante que o façam, insiste. “A Medicina tem várias armas para impedir ou retardar o agravamento de tais alterações mas, para tal, precisam ser diagnosticadas precocemente”. No caso da osteopenia e osteoporose, o aumento da ingestão de cálcio, de vitamina D, o uso de medicamentos já utilizados nas mulheres menopausadas e o exercício físico são a recomendação e, quando ocorre a osteonecrose, presente em 12% dos casos estudados pela equipe médica, a solução em graus avançados pode ser a colocação de uma prótese. Os problemas têm solução, se diagnosticados no início, insiste Ana Lúcia, mas no Brasil, em áreas mais distantes dos grandes centros, ainda ocorrem casos de AIDS que demoram a ser diagnosticados e os pacientes só chegam aos centros que podem tratá-los quando já imunodeprimidos e com problemas que com o tempo se agravaram. A recomendação é que nesses casos, principalmente, não se deixe de pesquisar efeitos ortopédicos e, se necessário, que o paciente seja encaminhado a um ortopedista ou a um reumatologista. Mais Notícias www.rnpvha.org.br __._,_.___

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